sábado, 16 de janeiro de 2010

perdida na festa

Já era tarde, mas fazia tanto tempo que não havia tido noite tão longa, que resolvi continuar, ali sentada, apenas observando o que os outros faziam. Típico de mim, os que me conhecem dizem. Tudo bem, minha vontade era sair daquela cadeira, onde eu me encontrava desde o inicio da "festa",correndo, como uma desalmada, de volta para minha caminha, onde eu teria aconchego, leria qualquer livro futel ou ainda ligaria para uma amiga Mas quem disse que diversão se tem trancafiada em um quarto? Minha mãe diz que eu tenho que sair por aí, ir para a balada, curtir a vida e , pra provar a ela que sou uma adolescente normal, fui a festa de uma garota da minha classe que ela tanto adora porém, que eu mal converso. Mas, afinal, o que seria isso? Digo, curtir a vida? Beber até cair, beijar um zilhão em uma festa, virar bissexual, pegar gonorreia de tanto tranzar e fumar um bazeado? Ou fazer o que realmente você gosta, seja ficar ficar em casa, jogar um jogo de tabuleiro qualquer com os amigos, ir ao cinema, sair para jantar e jogar conversa fora por 01923810930921 horas.Eu sei que parece broxante essas novas opções, porém são de minha preferencia, mesmo tendo apenas 17. Nascer tímida é como carregar a cruz de cristo pro resto da vida. Se não pior, já que ele só teve de leva-la nas costas por 1 dia e eu já levei por mais de 6205. Continuando a história, como eu estava dizendo, fiquei sentada, sozinha, observando as pessoas se embebedarem. Tentei fazer meu rosto ter uma expreção feliz de que estava me divertindo bastante por tá em um lugar que todo mundo estava. Ria por nada, quando alguem conhecido olhava em minha direção, e fingia está de conversinha com a mais vagabunda de toda a festa, que resolveu sentar do meu lado por não se aguentar em pé, só para não dar bandeira de que eu estava completamente sozinha. A situação ficou ainda pior quando todos começaram a dançar e, eu fiquei no mesmo local, paradinha, fingindo estar cansada pois já tinha ido pra pista antes. Se não tivesse sido comigo, eu juro que riria. Chegava de vez em quando colegas perguntando quantos já eu tinha ficado e eu mentia dizendo que nenhum, pois eu não tinha achado nenhum bonitinho ou interessante. O que era mentira, já que a verdadeira resposta seria que eu não tinha ficado porque eu tenho tacardia quando um garoto chega para conversar comigo, já que nunca beijei ninguem. Imagina minha situação se eu dissesse isso. L O S E R. Ainda bem que tenho minhas amigas, porém, naquele dia, elas não estavam ali. Com sufoco, já que as perguntas indiscretas e sarcasticas começaram a aparecer, lutei pela aparencia de "divertida", sentadinha na mesma poltrona, a festa inteira. E quando eu cheguei em casa, percebi que aquela era uma das maiores sensações de alívio que eu já havia sentido.